Estudo revela que a falta de atividade física afeta a performance profissional e aumenta a predisposição a transtornos mentais.

Em um mundo cada vez mais acelerado, a busca por produtividade se tornou uma constante. No entanto, um fator crucial para o sucesso profissional e pessoal muitas vezes é negligenciado: a prática regular de exercícios físicos. Estudos recentes demonstram uma forte correlação entre o sedentarismo e a queda na produtividade, além de um aumento na suscetibilidade a problemas de saúde mental como ansiedade e depressão.

De acordo com uma pesquisa publicada no The Lancet, pessoas fisicamente ativas apresentam um risco 30% menor de desenvolver depressão em comparação com indivíduos sedentários. A neurocientista Dra. Suzana Herculano-Houzel, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica que “o exercício físico estimula a produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que desempenham um papel fundamental na regulação do humor e do bem-estar mental”.

Além disso, o sedentarismo, especialmente quando associado ao sobrepeso, contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. “Essas condições podem gerar um impacto significativo na qualidade de vida, levando à fadiga, dores crônicas e limitações físicas, o que aumenta a predisposição a quadros de ansiedade e depressão”, afirma o Dr. Drauzio Varella, renomado médico e escritor brasileiro.

Outro fator importante a ser considerado é o impacto do sedentarismo na capacidade cognitiva. Um estudo da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, demonstrou que a prática regular de exercícios físicos melhora a memória, a atenção e a capacidade de concentração. “O cérebro, assim como qualquer outro órgão, precisa de estímulos para se manter saudável e funcionar de forma eficiente”, explica o Dr. Arthur Kramer, professor de neurociência da Universidade de Illinois. “A atividade física aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, o que promove a neurogênese, ou seja, a formação de novos neurônios, e fortalece as conexões entre as células nervosas.”

No ambiente profissional, o sedentarismo pode resultar em queda na produtividade, absenteísmo e aumento nos custos com saúde. Funcionários fisicamente ativos tendem a apresentar maior disposição, foco e criatividade, além de serem menos propensos a desenvolver problemas de saúde que podem comprometer o desempenho no trabalho.

E para lidar com os desafios do dia a dia e manter o equilíbrio emocional, o neuropsicanalista Renato Lisboa destaca a importância do autoconhecimento e da gestão das emoções: “Aprender a reconhecer e lidar com as próprias emoções é fundamental para enfrentar situações de estresse, tomar decisões mais assertivas e construir relações interpessoais saudáveis, tanto no âmbito profissional quanto pessoal”.

Diante desses dados, fica evidente a importância de combater o sedentarismo e adotar um estilo de vida mais ativo. A prática regular de exercícios físicos, mesmo que moderada, traz benefícios significativos para a saúde física e mental, impactando positivamente a produtividade, o bem-estar e a qualidade de vida.

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