Renato Lisboa
O litoral paulista enfrenta um novo surto de Norovírus, uma das principais causas de gastroenterite viral no Brasil. Entre as vítimas do recente surto está o neuropsicanalista Renato Lisboa, que, durante suas férias em janeiro de 2025, contraiu o vírus enquanto desfrutava de um descanso familiar na Praia Aparecida.
Na quarta-feira, 15 de janeiro, Renato Lisboa, acompanhado de sua família, decidiu visitar a Praia Aparecida após consultar o Boletim de Balneabilidade das Praias Paulistas disponibilizado no site da CETESB, que classificou a praia como “Própria” para banho. No entanto, na noite do mesmo dia, Renato começou a apresentar os primeiros sintomas: febre alta, vômitos e diarreia incontrolável. Nos quatro dias seguintes, ele enfrentou uma batalha árdua contra o vírus, recorrendo a diversos remédios que se mostraram ineficazes frente à agressão do Norovírus.
Renato, que tradicionalmente passa suas férias no litoral da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro, decidiu pela primeira vez explorar o litoral de São Paulo. “Foi a primeira vez para nunca mais”, declarou Renato, expressando seu profundo desapontamento com a experiência. Ele destacou a falta de estrutura dos órgãos públicos paulistas para receber turistas durante o período de verão, o que, segundo ele, contribuiu para a propagação do vírus.
“Fiquei quatro dias inutilizado, com um vômito e uma diarreia que nunca tive igual. A experiência no litoral paulista foi péssima e definitivamente o litoral paulista está riscado do mapa de férias da minha família pelas próximas gerações”, afirmou Renato. Ele acrescentou que, felizmente, apenas ele entrou na água até passar mal, enquanto seus pais, idosos, esposa e filhos permaneceram na área da praia, evitando a contaminação. “Estava com meus pais idosos e não dá nem para pensar se algum deles tivesse pegado esse vírus. Felizmente, eles, minha esposa e meus filhos tiveram livramento porque ficaram quietinhos na área da praia.”
Renato também criticou severamente a gestão do litoral paulista, ressaltando a incongruência entre o alto orçamento do estado e a inadequada manutenção da balneabilidade das praias. “É lamentável, pois São Paulo é o Estado mais rico da nação, tem um orçamento enorme e grande poder financeiro, mas não consegue manter um mínimo de estrutura de balneabilidade das suas praias. O que eu passei não quero isso para ninguém.”
Apesar das críticas, Renato expressou gratidão ao staff do Novotel Gonzaga em Santos, onde se hospedou durante a estadia. “Agradeço ao pessoal do Novotel Gonzaga em Santos que foram super atenciosos e gentis. Muitos dias tinham que limpar o banheiro do meu quarto três a quatro vezes por dia, e os funcionários foram espetaculares.”
Renato Lisboa recomenda fortemente que futuros turistas evitem o litoral paulista, sugerindo que busquem destinos alternativos com melhor infraestrutura e controle sanitário. “A partir de agora recomendo a todo mundo que perguntam para mim opiniões para passarem suas férias que em qualquer lugar menos no litoral de São Paulo.”
O surto de Norovírus no litoral paulista não é um caso isolado, refletindo possíveis falhas na gestão pública de saúde e controle sanitário nas praias da região. Autoridades de saúde pública estão intensificando as medidas de controle e prevenção, incluindo a intensificação da limpeza das praias e a implementação de campanhas de conscientização sobre a importância da higiene pessoal e ambiental para prevenir a disseminação do vírus.
Renato Lisboa destacou que resolveu expor sua experiência pessoal para urgir a implementação de ações concretas que garantam que os destinos turísticos, especialmente os tão populares quanto o litoral paulista, ofereçam condições seguras e adequadas para todos os visitantes, com ênfase na salubridade e balneabilidade das praias. Isso é fundamental, pois o litoral paulista é o destino escolhido pela maioria dos brasileiros que não residem no litoral nesta época do ano.